-
Última Atualização: 22 Agosto 2023
-
Criado: 22 Agosto 2023
-
Acessos: 458
Representantes do IFSertãoPE participam de reunião técnica sobre educação indígena e do campo
Fortalecer a institucionalização das Licenciaturas em Educação do Campo e Educação Intercultural Indígena e a inserção desses licenciados em concursos públicos estaduais e municipais. Esses foram os objetivos centrais da reunião técnica realizada pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). O encontro aconteceu nos dias 17 e 18 de agosto, em Brasília, e o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) foi representado pela Reitora, Maria Leopoldina Veras – que também representou o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) –, e pela professora, Edivânia Granja.
Durante a reunião, foram discutidos temas importantes para a Educação Indígena e do Campo, como a agenda da Secadi para a “Política de Educação: equidade, diversidade e inclusão”; as Políticas Públicas de Formação Inicial e Continuada de Professores Indígenas e do Campo; a institucionalização das Licenciaturas do Campo e Intercultural Indígena; campo de trabalho do Licenciado em Educação do Campo e Intercultural e Indígena e ações do MEC de formação inicial e continuada como: saberes indígenas, Escola da Terra, Plataforma Freire (Parfor), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e Residência Pedagógica.
Após a discussão coletiva dos temas, os participantes foram divididos em Grupos de Trabalho (GT) para a elaboração de propostas para a construção de uma carta de compromisso da Secadi e das entidades presentes. O documento cita a necessidade de fortalecimento dessas políticas públicas de educação, para o avanço do atendimento educacional aos públicos indígena, quilombola, do campo e das águas.
Além do IFSertãoPE e do Conif, participaram da reunião de egressos das licenciaturas Intercultural Indígena e da Educação do Campo, 18 secretários estaduais, 26 reitores de universidades públicas, além de representantes do Fórum Nacional de Educação do Campo (Fonec), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede), da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), do Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Ministério Público e da Defensoria Pública da União. Também participaram da reunião integrantes das secretarias de Educação Superior (Sesu) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC.
Propostas de novos cursos no IFSertãoPE
Ainda durante a reunião, a Reitora do IFsertãoPE apresentou duas propostas para cursos de licenciatura voltados para os povos indígenas. Também está em discussão no instituto a criação de licenciaturas para a Educação do Campo. “A Comissão de Professores Indígenas do Estado de Pernambuco entrou em contato com o IFSertãoPE, com a proposta de abertura de dois cursos de licenciaturas interculturais. Eles demandaram dois cursos e definiram que vai ser um curso de Licenciatura Intercultural em Etnomatemática e um outro curso de Licenciatura Intercultural. Com a implantação desses cursos, pela nossa posição geográfica, podemos atender, além de indígenas do Sertão do São Francisco, indígenas de Alagoas e Bahia. Então, vai ser uma ação de grande relevância no nosso instituto federal para o fortalecimento da educação escolar indígena.”, avaliou a professora Edivânia Granja.
Para a Reitora do IFSertãoPE, a retomada das discussões sobre os novos cursos acontece em um momento importante no cenário nacional. “Temos muito trabalho pela frente e o IFSertãoPE, por estar no estado em que tem a quarta maior população indígena, comunidades de assentados, quilombolas, ribeirinhos, se fez presente para avançar com suas ofertas e atender as demandas que vem sendo apresentadas ao longo dos últimos anos. Essas demandas ficaram prejudicadas, visto que, em 2018, a Secadi ter deixado de existir no MEC. Assim, é hora de retomada desses trabalhos em todo o país e de mãos dadas.”, finalizou a Reitora do IFSertãoPE, Leopoldina Veras.