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Visitas técnicas ampliaram conhecimentos acerca da história e da cultura local de Santa Maria da Boa Vista durante a JINCE/JID 2018

Corriqueiramente realizadas em atividades práticas de componentes curriculares dos cursos do IF Sertão-PE, as visitas técnicas foram incorporadas às Jornadas de Iniciação Científica e Extensão (JINCE), de Trabalho de Extensão e de Iniciação à Docência (JID)  e costumam atrair estudantes e servidores ávidos por intercâmbio, inovação e conhecimento prático. Na manhã deste sábado (20), último dia da JINCE/JID 2018, discentes e docentes de diferentes campi do Instituto pegaram a estrada e foram conhecer o centro histórico de Santa Maria da Boa Vista e o Monte Carmelo, em um grupo, e a Vitivinícola Santa Maria, no município de Lagoa Grande, em outro grupo.

Foi possível apreciar as uvas que dão origem aos vinhos e espumantes produzidos na Vitivinícola Santa Maria.

Na Vitivinícola Santa Maria, que em 32 anos de fundação se tornou uma das principais vinícolas do Vale do São Francisco, o guia José Eldo Feitosa conduziu os participantes da visita técnica para a área de produção dos vinhos e espumantes, em que se encontram a fábrica com tonéis de aço e maquinário especializado, além da adega, onde os vinhos descansam em barris de carvalho. Trabalhando há 17 anos na equipe de vinificação da Vitivinícola e há nove no enoturismo, Eldo acumula um vasto conhecimento sobre o ciclo de produção da uva e as fases de elaboração de diferentes variedades de vinhos comercializados pela Santa Maria. 

O guia José Eldo apresentou os rótulos produzidos pela Vitivinícola Santa Maria.

Segundo ele, a produção anual gira em torno de 12 milhões de garrafas de vinhos e espumantes, cujos rótulos vêm, cada vez mais, conquistando prêmios nacionais e internacionais. “O Vale do São Francisco tem quebrado paradigmas e vem se tornando um mercado promissor. É importante que as pessoas fiquem cientes de que temos potencial e o nosso produto compete com qualquer vinho do mundo”, afirmou. Para Eldo, a visitação ajuda os consumidores a saírem da Vitivinícola “cientes da nossa produção, do produto que estão consumindo e dos benefícios que ele traz”. Todos os meses, aproximadamente 1200 pessoas visitam a Vitivinícola Santa Maria. 

A visita à Vitivinícola finalizou com a degustação de espumantes e vinhos.

A fazenda tem uma área total de 1600 hectares e abriga uma comunidade dos funcionários formada por casas, capela e escola. Tamanha imponência chamou a atenção do estudante de Agronomia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Bruno Emanuel Souza. Ele, que desenvolve um projeto de inovação tecnológica em parceria com o IF Sertão-PE e há três semestres faz mobilidade acadêmica em disciplinas ofertadas pelo campus Petrolina Zona Rural do Instituto, destaca a importância de vivenciar profissionalmente a realidade da produção vitivinícola no Vale. “Eu percebi que a vinícola tem um diferencial em sua cadeia produtiva, uma área muito grande e um leque amplo de oportunidades de atuação”.

Estudantes e servidores do IF Sertão-PE em visita à Vitivinícola Santa Maria.

Estudante de Agropecuária do campus Santa Maria da Boa Vista e monitora da JINCE/JID 2018, Maria Eliane Ferreira também se surpreendeu com a dimensão da Vitivinícola e aspira realizar alguma atividade curricular na empresa. “É um lugar que eu nunca tinha vindo. Achei muita coisa interessante e quero chegar no Instituto e ver se já existe um vínculo com a vinícola para que eu possa vir fazer estágio na área de produção”, destaca. Depois de percorrerem uma área de 130 hectares onde ficam situadas as plantações de uvas, que produzem 20 variedades diferentes com videiras em diversas fases de produção, os participantes não poderiam finalizar a visita técnica de outro jeito: degustaram o aroma singular dos vinhos e espumante produzidos na Vitivinícola Santa Maria.

Acervo histórico e cultural

Já o grupo que optou pela visita ao centro histórico de Santa Maria da Boa Vista e ao Monte Carmelo conheceu um pouco das origens da cidade, a população indígena originária, representada pela tribo dos Coripós, a colonização a partir da Casa da Torre dos Garcia d’Ávila, com a formação de fazendas que se estenderam até a onde hoje está localizado o município de Santa Maria da Boa Vista. Pois na época das Capitanias Hereditárias, a região sediou diversas fazendas. Uma delas, a Fazenda Volta, deu origem à cidade.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi o ponto de início da visita técnica que contou aos participantes as origens históricas do município.

A criação da paróquia, em 1672, foi o embrião da vocação católica do município. Sua igreja é de 1803 e um vasto casario com arquitetura colonial retoca a atmosfera bucólica que inspira a principal manifestação cultural da cidade, Serenata da Recordação, festival de serenata que em 2019 irá para sua 20ª edição.

Arquitetura histórica de Santa Marai da Boa Vista é espontaneamente preservada pela população, que agrega ao casario colonial, evento cultural de serenata, que acontece há 20 anos. 

Depois de percorrer o casario do centro histórico boa-vistense, o grupo seguiu para o Monte Carmelo, local que fica às margens do rio São Francisco, na comunidade quilombola do Serrote, onde as mulheres são protagonistas nas decisões comunitárias. As visitas técnicas da JINCE/JID 2018 contaram com as participações de estudantes, professores, pesquisadores e técnicos em Educação.

Monte Carmelo, na comunidade quilombola do Serrote, possui um mirante de onde se vislumbram algumas das belezas naturais da bacia hidrográfica do São Francisco. 
Textos: Luis Osete e Ricardo Brandão

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