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Eventos sobre consciência negra movimentam o campus Floresta durante o mês de novembro

No campus Floresta do IF-Sertão-PE a temática da consciência negra foi trabalhada durante todo o mês de novembro. O Mês da consciência Negra reuniu jogos, palestras, mesas redondas, teatro, dança, exposição, mostras de filmes, dentre outros para tratar dos subtemas temas racismo e discriminação, estética negra e as relações de gênero, cultura e religiosidade; e o negro e suas contribuições.

 

Cinco peças de teatro foram apresentadas pelos alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico

O evento teve início no dia 1º de novembro com apresentações de dança e do curta-metragem “vista sua pele”, além da exposição “Memórias da confraria do Rosário de Floresta-PE”, comunidade local formada, sobretudo, por quilombolas, e por isso mesmo, é símbolo Florestano de resistência negra, existente há mais de 200 anos.

No dia 10 de novembro a mesa redonda “Estética Negra e as Relações de Gênero” abriu as atividades com participação da professora Jarderlany Nunes e da aluna do 7º período da Licenciatura em Química Cibele Kemísia. O diálogo contou com grande participação dos presentes, e muitos depoimentos sobre diferentes realidades vivenciadas com origem na estética negra de cada um. Foram apresentados ainda conceitos como o colorismo, e aceitação do negro com menos características fenotípicas negroides.

Tópicos da história do país e a relação com o negro foram interpretados pelos alunos

Para a aluna Cibele Kemísia esse tipo de evento deveria ocorrer com mais frequência, “foi interessante participar e contar a minha história nessa mesa redonda pois, apesar do IF ter muitas pessoas que estão se aceitando sobre esse assunto estético, sobre os cabelos cacheados, por exemplo, muita gente tem alguma dúvida ou medo de assumir o cabelo que tem, talvez compartilhar minha experiência faça alguém se espelhar e criar coragem. Racismo é um assunto que por mais que a gente debata, mesmo assim, não será suficiente. Quanto mais debate tiver, será mais um caminho pras pessoas se conscientizarem sobre preconceito e também se aceitarem”, afirmou a estudante. 

Na mesma data foi apresentado uma palestra sobre a “História da capoeira e suas influências no Brasil”, que é reconhecida como patrimônio cultural imaterial da humanidade. Para o professor de filosofia José Wegino todo o evento “foi uma ótima experiência, os alunos falaram como é ser negro, experiências que vivenciaram, foi um momento que puderam se expressar sobre o assunto”.

No dia 16 de novembro o teatro foi a forma de expressão escolhida pelos alunos do Ensino Médio integrado em Agropecuária para falar sobre racismo e conscientização. As peças teatrais foram escritas e encenadas pelos próprios alunos, a primeira delas contou a história de superação de um jovem negro, que após ser criado por uma família branca e ter sofrido com racismo durante toda a vida, supera as dificuldades e alcança o sucesso profissional almejado, sem deixar de lado sua origem negra. A segunda apresentação mesclou dança e interpretação para falar sobre os negros que se destacaram na história e a necessidade de representatividade.

Mesas redondas, palestras e exposições debateram criticamente a inserção do negro e do índio na sociedade e a busca por representatividade, contra o racismo

O dia 20 de novembro, dia da consciência negra, teve uma programação que se estendeu por todo o dia, com a exposição “O Negro na História”, oficina de cartazes, jogo dos privilégios, cinedebate, apresentação de curta metragem produzido por alunos, além de três apresentações teatrais. A primeira retratou o movimento quilombola, a segunda focada no movimento abolicionista e o contexto do negro após a abolição, e a terceira intitulada “ A História da Negra Maria Rita e a (Des)construção da Igreja do Rosário’, retratando a realidade dos negros na história de Floresta.

Durante à noite ocorreram ainda a apresentação de dança contemporânea “Vozes e tambores da África”, e a mesa redonda “Cultura e resistência afro-indígena”, na qual o aluno do Ensino Médio integrado em agropecuária Emerson, índio da etnia Pankará, destacou-se contando a luta de seu povo pelo direito à educação indígena e compartilhando com todos a defesa pela cultura e identidade. 

A programação do mês da consciência negra se encerra no dia 28 de novembro com a realização da gincana cultural, sarau poético e da noite da black music.

Campus Floresta

 

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