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Alunas do IF Sertão-PE classificam-se para a 2ª fase da Olimpíada de Língua Portuguesa

Quatro alunas do Ensino Médio Integrado do campus Floresta do IF Sertão-PE se classificaram para a segunda fase da 6ª Edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, e vão representar o município de Floresta na etapa estadual. O tema desta edição da Olimpíada foi “O lugar onde vivo”, escolhido pela organização com o objetivo de propiciar aos alunos participantes o estreitamento de vínculos com a comunidade e aprofundar o conhecimento sobre a realidade local, contribuindo para o desenvolvimento de sua cidadania. 

 

 

 

A aluna Gabriele Lorena, do 3º ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária, representa o campus Floresta na modalidade individual de Artigo de Opinião, ela conta que se interessou em participar da Olimpíada após ver a divulgação nas redes sociais do Campus Floresta, e tomou a iniciativa de pedir o apoio do professor de Língua Portuguesa, que acabou expandindo a ideia para três turmas de alunos. 

Em seu artigo de opinião Gabriele escolheu realizar uma crítica ao tempo que as pessoas dedicam ao uso da internet. “Para falar sobre o lugar em que vivo eu relacionei com a internet, já tinha muito tempo que eu estava pensando a respeito do vício que as pessoas têm com o computador, Instagram, a atitude de postar tudo o que se está fazendo e acho que isso se caracteriza como o mundo em que vive, pois se você coloca a sua vida lá na internet, então você meio que vive lá também. Quis fazer essa crítica, as pessoas estão se expondo muito e as vezes deixando de viver uma realidade física para viver uma realidade virtual”, explicou a estudante.

A aluna conta que já participou de diversas competições de redação e poesias mas ainda não havia sido selecionada, e está muito feliz com a classificação para a próxima fase, principalmente com um texto para o qual se dedicou vários dias e que tem um tom de reflexão crítica, como é um artigo de opinião. “Tem um momento do texto que também falo que hoje os pais preferem visualizar os primeiros momentos do filho, como o primeiro passo, por meio da câmera do que sentir aquilo ali pessoalmente, preferem ter muitas visualizações no vídeo engraçado do filho do que presenciar aquilo só pra eles mesmos. Tem muita gente também que tem aquela falsa felicidade, pode estar passando pelo pior momento da sua vida mas você vai postar que está bem, é você caracterizar o seu espaço de vida, já que as pessoas postam tudo, mas caracterizar de uma maneira falsa”, disse Gabriele.


Gabriele Lorena sempre teve aproximação com o estudo da Língua Portuguesa, e também costuma escrever poesias

Três alunas do 2º ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária período vespertino se destacaram na modalidade Documentário, o grupo formado por Ana Beatriz Marques, Gabriela Mayane e Luana Ramone, realizou o curta-metragem “Calçadas que falam”, um filme sobre as conversas de calçada e como elas falam a respeito da cultura local, da cidade, do modo de vida das pessoas. 

A ideia do tema nasceu da identificação das alunas enquanto moradoras de uma cidade do interior. “É muito sensível, muito delicado e algo muito presente pra gente do interior. É muito comum vermos pessoas sentadas na frente de suas casas, crianças brincando, e se você ver há um contraste com cidades grandes onde não acontece tanto assim; você vê que essa é uma questão mais cultural, de cidade pequena, em que as pessoas são família, tem mais contato umas com as outras e por isso a gente teve essa ideia de mostrar nossa cultura”, disse Luana Ramone.

O vídeo tem 5 minutos de duração e foi realizado de forma espontânea, com registro de pessoas que realmente estavam sentadas nas calçadas dialogando, o que foi um dos maiores desafios na realização pois, ainda que compreendendo a proposta do curta-metragem e da Olimpíada de Língua Portuguesa, muitas pessoas não se sentiam à vontade em serem filmadas. 

“Aqui em Floresta essa cultura de sentar na calçada ainda é muito forte, passando pela rua de baixo você vê dezenas de pessoas sentadas nas calçadas e foi lá a maior parte das gravações do curta, isso é questão de cultura”, disse Ana Beatriz. “E há a resistência de uma cultura, por que mesmo com a tecnologia que agora as pessoas preferem ficar muito mais tempo assistindo televisão, ou usando o celular, ou devido à violência ainda há pessoas que enfrentam e ficam na frente de suas casas, socializando com o vizinho, com a família, ou com crianças brincando”, completou Luana.

Durante a realização do vídeo as garotas descobriram diversos motivos que levam as pessoas a preservarem, mesmo que sem perceber, a cultura do diálogo na calçada. As alunas perguntaram a opinião das pessoas sobre esse momento de conversa, com que frequência faziam isso, e desde quando mantinham esse costume, com o intuito de fazer com que as pessoas percebessem que àquele momento faz parte da cultura e da identidade delas.  “Houve também entrevista, por exemplo, teve uma senhora que a gente perguntou o porque ela ficava na calçada e ela respondeu que ficava pois dentro de casa fazia muito calor, e que se ela pudesse ficaria ainda por todo o tempo que Deus desse a ela”, contou Gabriela Mayane.


Luana, Gabriela e Ana Beatriz retrataram em vídeo uma prática ainda presente em muitas cidades do interior, a conversa na calçada

As discentes garantiram que também são adeptas dos momentos de diálogo na rua, mas principalmente nas praças da cidade. A expectativa para a Olimpíada de Língua Portuguesa além de consagrarem-se campeãs, é que a mensagem atinja mais pessoas. “Tentamos ser muito sensíveis no curta, ser o mais espontâneo possível, mostrar a civilidade dessa cultura que é bem interessante de cidades pequenas do interior, e queremos que mais pessoas vejam, que possamos mostrar que os trabalhos que a gente faz aqui no Instituto, com ajuda dos professores, são trabalhos muito legais, e muito bonitos”, finalizou Luana.

De acordo com o professor José Aldo cerca de 100 alunos do IF Sertão-PE campus Floresta realizaram uma produção para a Olimpíada de Língua Portuguesa. Para ele a participação no evento já valeu a pena pelo percurso de construção dos textos. “Enquanto resultado notabilizado para o concurso a gente tem dois textos que estão concorrendo atualmente, no entanto, muitos textos bons foram produzidos, conseguimos construir muito no sentindo de estudar características de um gênero textual, aplicar conhecimento na construção desses gêneros, ver e reescrever, adaptar uma linguagem como foi o caso do curta-metragem no qual se escreve um roteiro para depois adaptá-lo à linguagem fílmica. No processo muitos gêneros textuais acabaram sendo produzidos e lidos, e isso foi muito bom!”, afirma o docente. 

O docente revelou que está programando para o fim de outubro uma Mostra de Curtas Metragem, com a exibição de todos os filmes produzidos pelas turmas do curso de agropecuária, que contaram com o apoio dos alunos do EMI técnico em informática para a realização da edição de vídeo, consagrando a participação do campus Floresta como um trabalho colaborativo e de resgate da cultura local e dos gêneros textuais da Língua Portuguesa.

 

Próximas etapas

De acordo com o site da competição a avaliação das produções do Estado de Pernambuco devem acontecer na cidade do Recife, nesta semana; e os competidores selecionados para a Semifinal serão informados por e-mail. As Comissões Julgadoras Estaduais avaliam e selecionam as 443 produções semifinalistas de todo o Brasil. Cada um dos 26 estados mais o Distrito Federal contará com vagas garantidas na Etapa Semifinal.

A organização desta etapa é feita pelas Secretarias Estaduais de Educação, com acompanhamento da coordenação técnica da Olimpíada.

Campus Floresta

 

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