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Ciência, arte e meio ambiente caminharam juntos durante o 2º Workshop de Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Territórios Semiáridos 

Não foram apenas as palestras que movimentaram o 2º Workshop de Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Territórios Semiáridos, ocorrido entre os dias 01 e 04 de junho, no campus Petrolina. O evento anual - promovido pelo Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Meio Ambiente (Grima) - foi uma realização do IF Sertão-PE e, durante os quatro dias de programação, fomentou o intercâmbio e a troca de conhecimentos sobre o meio ambiente e a sustentabilidade, com oficinas, minicursos, atrações culturais, exposição fotográfica e apresentação de trabalhos, em associação com as palestras, que ocorreram nos turnos da manhã, tarde e noite. 

 


Coro Vozes do Sertão, projeto musical do curso de licenciatura em Música do campus Petrolina, apresentou-se na abertura do evento.

Dentre as atrações culturais, a abertura do evento contou com a apresentação do Coro Vozes do Sertão, regido pelo professor de licenciatura em música do campus Petrolina, Alan Silva, que teve início de forma espontânea e posteriormente tornou-se um projeto do Pibex. Atualmente, o coral envolve servidores e alunos do IF Sertão-PE, da Univasf e a comunidade. Também se apresentaram os músicos Ivan Greg e José Enos, alunos do curso de licenciatura em Música do campus Petrolina. Já a exposição fotográfica intitulada: Eutrofização Natural ou Cultural?, de autoria de Kellison Cavalcante, causou impacto ao denunciar a degradação ambiental causada pelo despejo de esgotos e outros poluentes no rio São Francisco.

Participantes do 2º Workshop de Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Territórios Semiáridos conferiram a exposição fotográfica: Eutrofização Natural ou Cultural?, de Kellison Cavalcante, que também é servidor do campus Petrolina.

Um dos pontos altos do 2º Workshop de Meio Ambiente e Sustentabilidade nos Territórios Semiáridos foi o minicurso intitulado Luminescências: da Química à Física, ministrado pelo mestre em Ciência dos Materiais e laboratorista do campus Petrolina do IF Sertão-PEGeraldo Júnior. Dentre as inúmeras relações existentes entre a química, a física e o meio ambiente, a luminescência é uma das que foi explicada e demonstrada durante o minicurso: "a luminescência é um fenômeno físico-químico que aparece em alguns seres vivos, em função de reações bioquímicas. O exemplo mais conhecido é o do vagalume, que lança mão desse recurso para encontrar alimentos durante voos noturnos. Além do vagalume, há espécies de minhocas e também animais marinhos que vivem em profundezas oceânicas, que apresentam essa mesma capacidade ", esclareceu Júnior.

 Oficina de Construção de um Terrário foi ministrada pela professora de ciências Elielda Ribeiro e a zootecnista Valterlina Moreira, egressas da Univasf e  atualmente alunas da especialização em Tecnologia Ambiental e Sustentabilidade nos Territórios Semiáridos, no IF Sertão-PE.

Além do fenômeno bioquímico da fotossíntese, também mencionado durante o minicurso sobre Luminescência, o estudante do curso técnico médio integrado de Química, Ítalo Ramon, um dos monitores do laboratório, apontou uma aplicação prática da físico-química que se reverte em benefícios para o meio ambiente: "a luminescência é um princípio de transformação de energia elétrica em energia luminosa, por meio do eletromagnetismo, portanto, é o inverso do processo de captação e transformação da luz solar em energia elétrica, através das células fotovoltaicas", explicou o aluno do campus Petrolina. 

Minicurso sobre Luminescência relacionou fenômenos físico-químicos, biodiversidade e meio ambiente. Laboratório foi pulverizado com gelo seco para assegurar uma melhor observação dos experimentos. 

A programação contou ainda com as oficinas de Construção de um Terrário, Eco-oficina Socioambiental, e minicursos como os de Reaproveitamento de Óleo Residual, Adaptação de Plantas a Ambientes Secos, Recaatingamento, Gestão de Resíduos Sólidos, Biosegurança em Laboratórios e de Hortas Suspensas. A professora Clécia Pacheco, da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, avaliou a participação do público: "foi muito positiva. Tivemos uma média de 700 participantes, entre inscritos e pessoas interessadas em palestras e atividades específicas", informou a professora, que já começou a coletar sugestões para melhorar ainda mais o evento em 2017. 

Defesa de trabalhos orais aconteceu na manhã do sábado. Pesquisadores de diversas instituições de ensino apresentaram investigações que abordaram níveis de degradação da orla do São Francisco e outras temáticas pertinentes ao evento. 

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