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Egressa do curso de Física incentiva mulheres a investir na Ciência: "não há posição destinada só aos homens

Quando Andrea Freire ingressou no curso de Física do campus Salgueiro do IF Sertão-PE, em 2011, ela tinha dois desafios pela frente: desbravar a primeira turma da licenciatura e vencer os preconceitos que rondavam a área. Hoje, no doutorado em Física Teórica, depois de uma trajetória acadêmica ativa em ensino, pesquisa e extensão, ela diz com orgulho que a Ciência é para os que se dedicam, independente de gênero ou classe social, e incentiva outras mulheres a seguir esse caminho. "Não há posição destinada só a homens ou mulheres. Não é fácil, mas com um pouco de força de vontade todos podem conseguir", afirma.

Andrea conta que o desejo de ser professora surgiu ainda na adolescência. "Todos temos vontade de ser alguma coisa, nessa fase, e eu gostava muito da profissão de professor. Nessa época eu tinha um professor de Matemática que me inspirou a procurar um curso nessa área, e fiquei com essa sugestão na cabeça até fazer o Enem. Como não tinha Matemática sendo ofertado aqui na cidade, me sugeriram cursar Licenciatura em Física, que tinha acabado de começar a ofertar no campus Salgueiro do IF Sertão-PE, então eu abracei a ideia e fui. Fazer parte de uma turma nova em um campus também novo envolveu muitos desafios, mas posso dizer que eles deram mais sentido à minha vida! Participei de todos os programas de bolsa de pesquisa e extensão disponíveis, desde o segundo período até o fim do curso, e quando terminei a graduação, depois de um tempo lecionando, entrei no mestrado em Física Teórica na UFCG", lembra Andreia.

Andrea fez parte da primeira turma do curso de Física e hoje faz doutorado em Física Teórica

Além de vencer as barreiras do machismo na Academia, ela conta que durante a pós-graduação pôde desconstruir outros paradigmas. "Muitas pessoas têm a impressão de que a Ciência é para poucos e gênios. Durante a graduação ainda convivi muito com essa ideia, mas quando entrei na pós percebi que, apesar de todas as dificuldades, a carreira científica é para os que se dedicam, independente de gênero ou de classe social. Não é preciso ser gênio, homem ou rico, mas ter muita força de vontade e dedicação. A pesquisa científica é uma construção de conhecimento, é preciso questionar, estudar muito, e não se limitar aos estereótipos de conceitos e ideias intocáveis, de verdades absolutas", explica.

Hoje, no doutorado em Física Teórica, Andreia almeja seguir carreira como docente do IF Sertão-PE, e incentiva outras meninas a seguirem o caminho. "Acredito que não há, na vida, nenhuma posição que seja exclusiva de homens ou de mulheres. Apesar de muitos acharem que a Física é para homens, isso é fruto de uma ideia preconceituosa e ultrapassada enraizada na nossa sociedade. Acredito que consegui cruzar os limites impostos por esse preconceito e mostrar que é possível conquistar esse espaço, tanto como mulher, quanto como alguém que veio de uma condição social tida como inferior. Peço às mulheres que se identificam com essa área que não desistam, persigam seus sonhos e lutem por eles!", defende. 

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