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Última Atualização: 09 Março 2018
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Criado: 14 Setembro 2017
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'O silêncio que mata' despertou os alunos para a consciência coletiva
Ao som do violoncelo e violão executando músicas brasileiras, estudantes do campus Santa Maria da Boa Vista do IF Sertão-PE participantes do projeto de extensão “Linguagens Artísticas Integradas” dramatizaram com gestos, expressões faciais e modulação da voz, histórias inspiradas em fatos que relataram casos de preconceito, racismo, desrespeito ao idoso e homofobia.
Momento em que participantes atuam na demonstração do bem e do mal interferindo sobre o ser humano
A apresentação teatral com o título 'O silêncio que mata' encenada como parte da programação do Setembro Amarelo foi produzida pelas professoras Clara Tavares e Talita Massena, com a participação de alunos do projeto de extensão que teve por objetivo trabalhar as linguagens artísticas e integrações ao vivo da música, dança e teatro.
Segundo Clara Tavares, professora de artes, a peça surgiu a partir da temática do Ser Levado a Sério na sociedade, em que os alunos foram incentivados a produzir textos baseados em situações do dia a dia das pessoas. “A professora Talita Massena já tinha trabalhado um texto envolvendo a humanidade e sentimentos maus. Então juntamos os trabalhos e expressamos o movimento externo do que realmente acontece, apresentado no primeiro ato da peça, e o movimento interno, dentro da gente, num segundo ato, destacando o descaso em contraposição com a sensibilidade, a consciência contra o silêncio”, ressaltou a docente.
Alunos atentamente assistem à peça e prestigiam colegas
Com uma tela preta no cenário do palco de apresentações significando a sombra e a maldade, e uma tela branca contraponto à preta, significando a luz e o bem, os alunos personificaram a ganância, o descaso, a hipocrisia, a exploração, a sensibilidade, a educação, o futuro e a consciência apresentando a luta do ser humano entre agir com o bem e com o mal.
Após o momento de atenção demonstrada pelos alunos presentes ao assistir a apresentação, Érika Freire, psicóloga do campus, conduziu os presentes em um debate para quebrar o silêncio, promovendo uma roda de conversa para que fossem expostos sentimentos e palavras que significassem o momento vivenciado. “Agora é o momento de dar voz ao silêncio para falarmos sobre as sensações que tomaram conta de todos durante a apresentação”, comentou a psicóloga.
Participantes do projeto deixam mensagem de solidariedade e consciência coletiva
A aluna Iasmin Santos do curso de Edificações foi a primeira a comentar sobre os fatos relacionados na abordagem da peça, e destacou que cada pessoa precisa valorizar seus princípios para mudar o mundo e transformá-lo num local melhor. “Muita gente comete suicídio por falta de diálogo. Não podemos generalizar o suicídio”, disse a aluna.
Psicóloga do campus promove roda de conversa para despertar emoções e sentimentos sobre a abordagem do Setembro Amarelo
Quando a aluna Renata Santos do curso médio integrado e participante do projeto de extensão teve oportunidade para falar, expressou como se sentiu durante as atividades desenvolvidas nos ensaios. “ É a primeira vez que participo e gostei muito da experiência, e me deixei levar pelo que realmente acredito. Eu já passei por momentos difíceis e nem sempre encontramos palavras de incentivo. Acredito que deve fazer parte do ser humano incentivar as pessoas para uma vida rica em valores e esperança em si mesmo. Acredito que o silêncio mata e faz a vida ficar frustrada, mas a partir do momento que consigo ajudar alguém as coisas podem ser diferentes. Senti a emoção e o alívio de expressar o que deve ser falado. O amor transforma, liberta e acima de tudo traz uma comunidade harmônica que pode existir obstáculos, mas também o essencial que é o amor na vida do ser humano”, finalizou a aluna.
Imagens: José Nicolas