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Última Atualização: 18 Dezembro 2019
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Criado: 18 Dezembro 2019
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Alunos do Técnico Subsequente em Agropecuária apresentam empresas simuladas criadas e desenvolvidas ao longo do segundo semestre de 2019
Trajados socialmente, de terno, gravata, camisas de botões e sapatos brilhando; com porte de grandes empresários e segurança nos dados a serem apresentados, os estudantes do curso Técnico Subsequente em Agropecuária adentraram com passos firmes a sala seis, do IF Sertão-PE Campus Floresta, na manhã do dia 06 de dezembro. O foco era apenas um, convencer os avaliadores de uma banca de especialistas sobre a viabilidade técnica e previsão de lucros das empresas simuladas que criaram e desenvolveram ao longo de todo o segundo semestre do ano.
As duas equipes apresentaram as empresas simuladas com todos dados e planejamento para cada negócio, incluindo análise da concorrência e estimativas de produção e lucro
O desafio foi lançado pelo professor Cavalcante Júnior dentro da disciplina de “Administração do Agronegócio IV” e, de acordo com o docente, a simulação do empreender foi levada com muita seriedade pelos estudantes. “O objetivo foi mostrar a eles como funciona uma empresa na prática, por que quando a gente vem para a sala de aula para apresentar plano de negócio e conceito de empreendedorismo, é uma coisa; mas, quando eles colocam a mão na massa a história é outra. Eles quase arrancaram os cabelos, foi um processo difícil, e eles sentiram na pele como funciona a criação de uma empresa até o fechamento do resultado que, no caso, é o lucro. Eles desenvolveram todo o processo na prática e fizeram tudo de acordo com a realidade do mercado”, disse o docente.
Os membros da banca avaliadora realizaram questionamentos e aconselharam os estudantes para possíveis melhorias no planejamento do negócio
Divididos em dois grupos os alunos simularam ao longo do semestre todos os passos para a criação de uma empresa da área de laticínios até a etapa de comercialização dos produtos. Os estudantes tornaram-se sócios nas empresas simuladas, e assumiram papéis como Diretor-Geral, Diretor de Produção, dentre outros. E o desafio foi completo, apesar de serem empresas simuladas todos os cálculos, margens de gastos e de lucros, desenvolvimento de rótulos, planejamento de vendas e pensamento estratégicos foram realizados como se fossem para uma empresa real, e a culminância deu-se na apresentação dos dados completos para a banca avaliadora formada por dois docentes da área da administração, os professores Pedro Henrique e Emanuel Marinheiro; e um docente da área agropecuária, Leandro Uchôa.
O aluno Rodolfo dos Santos fez parte da equipe que fundou a empresa simulada BRTC Milk, e de acordo com ele o desafio levou a um aprendizado novo a cada dia de trabalho no percurso que durou todo o semestre, “nós desenvolvemos tudo de uma empresa, a parte de gestão empresarial, jurídica, como registrar uma empresa, tudo relacionado ao negócio, e o momento mais feliz foi hoje, depois dessa apresentação ver que a banca gostou, que nós apresentamos um trabalho de qualidade, e quem sabe a empresa vai continuar no mundo real, com fé em Deus”, disse o discente.
Alunos do Técnico Subsequente em Agropecuária acompanhados do professor Cavalcante Júnior
Cavalcante Júnior admite que instigar esse tipo de iniciativa junto aos alunos costuma render um pouco mais de trabalho também para o professor, no entanto, ele garante que a recompensa é especial. “Pra mim é muito gratificante, ver a interação deles não tem preço! Eles se dedicam mais, interagem mais, eles vestem a camisa. Os alunos foram atrás de logomarca, concorrência, pesquisaram preço. Você consegue trazer a turma para a disciplina, integrar mais eles à disciplina, então isso para mim é o maior ganho. Se dá um pouco de trabalho? Dá. Por que eles trazem pra mim toda a pesquisa e números e é meu papel diminuir, somar, ver se está tudo correto, dá um pouquinho mais de trabalho mas o resultado final vale muito à pena”, afirmou Júnior.
A discente Maria Izabela Santos, fez o papel de Diretora Geral da empresa simulada Navio Laticínios, para ela a parte que mais chamou a atenção foi conhecer a burocracia envolvida na criação de um novo negócio, “foi interessante toda a parte burocrática, descobrimos para se abrir uma empresa é necessário fazer registro em vários órgãos, aprendemos toda a parte de cálculo, são vários impostos que temos que subtrair do lucro e foi bastante complicado lidar com isso, acho que para todos da equipe. A melhor parte, com certeza, foi hoje ver o trabalho concretizado cientes que apresentamos com ótima qualidade, creio que com o trabalho finalizado deu para absorver muita coisa”, explicou a discente.
Para o professor Cavalcante Júnior esse tipo de metodologia influencia positivamente o aluno, principalmente o formado na educação profissional como é o caso do Instituto Federal, que além da aprendizagem técnica deve fornecer uma formação cidadã. “Eles vão sair daqui não só com a visão teórica, mas com a visão prática de como se empreender no mercado corporativo e em nossa sociedade, esse é o maior ganho. Me sinto muito satisfeito de ver o desempenho deles, claro que temos aspectos a melhorar mas estamos aqui para aprender, o local de aprender é aqui, o resultado dessa turma superou o que eu havia idealizado, estou muito feliz mesmo”, comentou o docente.