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Última Atualização: 14 Setembro 2017
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Criado: 14 Setembro 2017
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Mostra “Olhar do Coração” desperta para fotografia acessível
Enxergar através do tato e da audição. Despertar a sensibilidade para outros sentidos. Mostrar que a fotografia pode ser acessível para todos os públicos, inclusive deficientes visuais. Esses são alguns dos objetivos da exposição “Olhar do Coração”, promovida pela fotógrafa Jaquelina Rolim, que foi apresentada nesta quarta-feira (13), no campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE, durante a IV Jornada de Educação Inclusiva.
Fotografias apreciadas com mais de um sentido
A experiência vai muito além de apreciar: é preciso sentir para compreender a profundidade da proposta, iniciada com uma audiodescrição e o toque na fotografia em 3D. Aos poucos, a ponta dos dedos vai revelando as imagens: barcos, flores, mar, paisagens naturais. A mostra apresenta ainda as fotografias em relevo e descrição em braile.
“Eu sou deficiente visual e senti na pele o quanto era difícil para as galerias de arte entender as nossas necessidades. Então, quando terminei o curso de fotografia pelo Senac, precisava apresentar um projeto e aí logo veio a ideia”, explicou Jaquelina Rolim. Para ela, o objetivo de seu trabalho é cumprido a cada apresentação, ao divulgar a fotografia cega e a ideia de que os deficientes visuais têm todas as condições para fotografar.
Maria Clara: "Experiência única"
A estudante de Zootecnia do campus Petrolina Zona Rural, Maria Clara Barros, participou da exposição. “É uma obra que você sente. Eu, que tenho convivência com pessoas com deficiência visual, sempre quis entender essa percepção deles, seja pela audição ou pelo toque. Foi uma experiência única”, disse.
A exposição “Olhar do Coração” teve início em 2010 e desde então já esteve presentes em municípios do Ceará, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco. “Estou à disposição para apresentar quantas vezes for necessário, para o público que for, seja ele alvo, que são os deficientes visuais, ou para videntes que queiram ter essa experiência, porque isso provoca mudança”, afirmou.
