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Ex-aluno do IF Sertão-PE é único bolsista brasileiro selecionado em mestrado financiado pela União Europeia

Determinação. Esta é uma das palavras que define o enólogo Euclides Neto. Egresso do curso de Viticultura e Enologia no campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE, Euclides foi o único brasileiro a ingressar como bolsista na seleção de mestrado em Inovação do Enoturismo, através do programa Erasmus Mundus, realizada neste ano de 2018.

 

Euclides Neto é egresso do curso de Viticultura e Enologia

Financiado pela União Europeia, o programa integra as Universidades de Rovira i Virgili (Tarragona, Espanha), de Bordeaux (França) e de Porto (Portugal), proporcionando uma experiência multidisciplinar. “Vou estudar em três regiões que são referência no Enoturismo, tendo a oportunidade de entender como é o universo do vinho em cada um desses países. Vamos visitar várias vinícolas, entender na prática como funciona o turismo nessas empresas, como eles desenvolvem o marketing e quais são as ferramentas de inovação utilizadas”, afirmou o enólogo.

Foi por acaso, através de uma amiga, que Euclides soube do programa Erasmus Mundus. Após buscar informações sobre o mestrado, decidiu participar da seleção. Ao todo são quinze bolsas destinadas a pessoas de qualquer lugar do mundo que tenha graduação em uma área relacionada à uva e ao vinho. Como critérios de seleção, o candidato deve ter ainda uma certificação em língua inglesa, currículo com experiências profissionais acumuladas e fazer uma carta de motivação, em inglês, descrevendo seu projeto de pesquisa para a tese. “Frisei que uma das coisas que sempre tive vontade de estudar é o que motiva as pessoas a quererem conhecer regiões que produzem vinho. Exemplo: ‘Por que você escolhe tal local e outro não? É a cultura, o patrimônio histórico, a fama, ou a beleza pitoresca do lugar que o instiga?”, explicou.

O questionamento reflete as expectativas de Euclides sobre os resultados do mestrado. “Eu espero principalmente expandir mais uma parte da profissão, trazer um conhecimento inovador, mergulhar realmente na forma como eles lidam com o enoturismo lá e entender de que forma posso trazer um pouco disso para minha região, para realidade local. Conseguir adaptar nem que seja uma ferramenta para fazer a diferença aqui é minha maior expectativa”.

Enólogo inicia as aulas em setembro

ENOTURISMO – Euclides Neto tinha um objetivo quando começou o curso de Viticultura e Enologia no IF Sertão-PE: queria conhecer o mundo. Quando reconheceu que seu curso não era só local, que estava presente na história da humanidade, percebeu que já tinha uma enorme porta aberta.

Quando estava finalizando o curso, uma disciplina foi crucial para começar a tomar decisões sobre qual caminho seguir: Enoturismo. “Aí que comecei a desenvolver esse gosto pelo contato com o público, de querer encontrar ferramentas para trazer turistas para nossa região e abrilhantar o que a gente faz de bom aqui. O Vale do São Francisco é uma região icônica, que merece ser reconhecida no mapa do vinho global”, afirmou.

Desde então, procurou ter uma relação mais próxima com o Enoturismo, conselho que deixa aos estudantes. “É fundamental se envolver ao máximo possível com campo que te atrai. Desde o começo eu me relacionei a empresas que trabalham com o enoturismo aqui e em outras partes do Brasil e do mundo, que foram cruciais para abrir minha mente e me fazer ter certeza que quero trabalhar com isso”, disse.

Euclides teve a oportunidade, ainda como estudante, de participar do programa Ciências Sem Fronteiras, que o levou para cidade de Niagara Falls, no Canadá. Para isso, seu conhecimento da língua inglesa foi muito importante. E esta é a segunda recomendação que deixa aos alunos: “Aprender uma segunda língua é fundamental para sair do lugar-comum”.

O enólogo inicia as aulas do mestrado em setembro e o curso tem duração de dois anos. “Uma coisa que muitas pessoas pensam é que uma conquista desse tamanho é utópica, inalcançável, que eu tive sorte, que aconteceu apenas por ação do acaso. Não foi bem isso. Quando eu soube do mestrado eu busquei me informar, saber se eu poderia ser um candidato em potencial. Vi que existiam brasileiros que já tinham participado dessa bolsa. Uma pessoa só já era suficiente para motivar e dizer assim: ‘se ela foi eu também consigo ir’”.

Fotos: Arquivo pessoal

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